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terça-feira, 9 de junho de 2015

incoerências

Por diversas vezes procurei respostas, estranhamente para perguntas que nem existiam.
Retirei o vazio que preenchia meus pensamentos, tão somente para evitá-lo.
Enxuguei lágrimas, quando o ideal era deixar que elas rolassem.

Por tantas vezes, escutei o ruído da loucura.
Arranhei no vento os devaneios de minha estória.
Murmurei pedidos que jamais seriam ouvidos.

E, então, por mais e mais vezes, tão somente perdi o tempo que tinha.
Tempo gasto, desperdiçado... À espera de que eu fosse visto, mas, na penumbra de minha timidez, foi apenas isso: espera...

E no auge da falta de razão...
Brindei conquistas com cálices preenchidos de nada.
Tropecei em acasos que não fizeram nenhum sentido.
Debrucei sobre causas sem sabor, sem significado, sem estranhar minhas ironias.

E então, agora eu percebo, que farei de novo. E uma vez mais.
Talvez outra.

(Tamanha estupidez essa minha!)

Insistirei em viver pela metade, em me cobrar as coisas erradas, em esperar demais dos outros e de mim mesmo.
Postergarei aquele regime, aquele exercício, aquela caminhada, aquele amor.
E quando colocar meus cabelos úmidos no travesseiro, novamente estarei me deliciando com minhas incoerências.

Na espera de que amanhã será um novo dia. Com novas chances de repetir todas estas inconstâncias.

...

Continuarei errando,

                             porque sou frágil, sou intenso,
                                                          sou estupidamente:


                                               Humano.

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