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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Devaneios (preocupações silenciosas)

Há um barulho silencioso se processando em meu ouvido.
Ele penetra fundo e grita, esgueirando dentro de minha cabeça.

O mundo, como deveras haveria de ser, ainda gira.
E finge que nada acontece.

O som das pás do ventilador fazem o tic dizendo que estão presentes.
Mas da penumbra nada surge além das horas deslizando pelo tempo.

São tantos compromissos, indevidos ou indefinidos, que nada posso fazer além de esperar que o tempo para cada qual se achegue.

E assim passam-se os muitos poucos minutos que ainda restam até a próxima aula.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

(Se) Conhecer - Mulheres

Toda mulher precisa se conhecer.
Conhecer seu corpo. Tatear os pontos realmente importantes.
Se acompanhar, acompanhar o tempo, acompanhar sua vida.
O perigo existe e não existem maneiras de prevenção.
Mas quanto antes descobrir, mais cedo poderá ser feita a intervenção.

Se tocar deve ser uma ação constante, desde bastante cedo, quando o corpo de criança dá lugar ao corpo de mocinha.
Ah, a adolescência! Quantas emoções, quantas sensações, quantos paquerinhas, não?!?
E, não importa a idade, o autoexame precisa ser uma realidade.
É um autocuidado. Um auto carinho. Uma auto preocupação.

Este encontro consigo mesma precisa ser todos os meses.
E pode ser – pra ficar melhor ainda – sempre no mesmo dia.
Pra se familiarizar, para se conhecer melhor.

E o tempo vai passando, o corpo vai mudando e – feito vinho – toda mulher vai melhorando.
Depois de quatro décadas, mais do que o autoexame, a mamografia se torna indispensável.
Importante para detectar, para acompanhar, para se preservar.

Tudo isso porque ele é silencioso.
Se achega, soturnamente, sem dar sinais ou contar a que veio.
No início é uma doença que não dá sintomas, que pode não causar dor, não se mostrar presente.
Pode chegar como um caroço.
Pode se mostrar como uma leve retração na pele.
Talvez algumas manchas.
Algumas vezes algum líquido saindo das mamas.

Mas se aquiete menina: quase nenhuma dor nas mamas está relacionada ao dito cujo.
Dores podem ser decorrentes de alterações hormonais ou mesmo emocionais.

Portanto, o melhor mesmo é se tocar.
Se conhecer. Acompanhar o seu corpo em cada fase da vida.
E viver cada estação com o seu prazer, com o seu sabor, com a sua devida felicidade.

A vida é preciosa demais pra se viver sem se conhecer!
E outubro chega, totalmente colorido.
Pintado de rosa, pra representar a importância dessa mensagem.

Se cuide. Se previna. Se monitore.

Não se demore: já vez o seu autoexame deste mês?




Especialmente escrito para o evento Dia D - Outubro Rosa, de 03/11/2016 do Câmpus Sertãozinho do IFSP.